Alguns sentimentos incômodos como a raiva, ansiedade, depressão, pessimismo e sensação de solidão podem nos causar sérias e terríveis doenças, além de arranharem profundamente o nosso caráter.
É claro que estes sentimentos citados não desencadeiam sozinhos as doenças as quais queremos nos referir, mas quando estes acontecem com frequência ou com severa intensidade e não encaramos as necessidades emocionais que sentimos, a doença, provavelmente, será o próximo passo.
A doença aparece como uma necessidade premente do corpo somático em descarregar a pressão exercida sobre o espírito, uma vez que é este que identifica, qualifica, tipifica e movimenta todos os sentimentos.
Após estabelecida no cérebro, pelos neurotransmissores, as ondas magnéticas criadas pelo nosso comportamento intrínseco de ataque ou defesa biológica, o espírito lança mão dos meios necessários e possíveis a cada indivíduo para exterminar a doença. Como normalmente quem possui os sentimentos mencionados não se encontra em estado de equilíbrio, a falta deste gera ao espírito a necessidade de transferir para algo mais próximo da solução o problema que o aflige.
Desta forma acontece a somatização, ou seja, a transferência para um campo meramente físico, no intuito de depurar e sarar o conflito que vai no espírito, cessando a ameaça.
Por isso dizemos que um espírito equilibrado pode se defender melhor, sem transferir facilmente para as áreas menos nobres como o corpo, seus conflitos, suas dificuldades e sua necessidade de continuar a trajetória evolutiva. Assim como a consciência coletiva biológica busca a perpetuação natural da espécie, o espírito busca a continuidade da sua evolução. Falando em termos mais simples, os indivíduos felizes não adoecem.
A atitude que tomamos para conosco é um dos mais importantes fatores da cura ou da saúde. Quem vive em paz consigo mesmo e com o ambiente que o cerca tem menos doenças sérias.
Quase todos os sentimentos acima mencionados, fazem parte do dia a dia de todos nós, porém, em escala considerada normal e suportável pelo nosso estado moral e espiritual de recomposição de elementos energéticos na corrente fluídica da vida do espírito.
Quando a intensidade e frequência destes sentimentos são superiores a nossa capacidade espiritual de manter o equilíbrio, é dado, pelo espírito, um aviso ao córtex cerebral, que aciona um relê em nosso cérebro que começa a buscar a solução para aquele excesso.
As primeiras sensações são de tristeza, indefinição, pequena alteração de caráter e na conduta, até ser por nós localizada a causa do desequilíbrio, reparando a nossa ação e retornando à alegria de viver.
Quando por falta de atenção, ou por excesso de atitudes consideradas agressivas, ou seja, aquelas que causam os sentimentos desencadeantes anteriormente focado, o espírito redobra a intensidade do aviso, mandando o córtex cerebral, não mais simples pedidos, mas organizadas restrições, o que passa a ser sentida pelo transgressor como uma séria avaria no sistema energético, com baixas violentas da auto estima, quedas drásticas da energia vital, onde está desorganização mental normalmente é diagnosticada pelos psiquiatras como sendo a depressão.
O denominador de todas as depressões, constitui-se na falta de amor ou a perda do sentido da vida (provocado pela incidência no comportamento dos sentimentos mencionados).
A depressão, segundo os psicólogos, geralmente envolve abandono e renúncia. Sentindo que as condições atuais e as possibilidades futuras são intoleráveis, a pessoa deprimida “entra em greve”, vivendo cada vez menos e perdendo, enfim, o interesse por pessoas, trabalho, divertimentos e religiosidade.
Este tipo de depressão guarda correlação com as doenças degenerativas, e até mesmo com o próprio câncer. Conclui a pesquisa do Dr. Bernard Fox, de Boston, que os homens deprimidos têm duas vezes mais probabilidades de sofrer de câncer do que os não-deprimidos.
Na verdade a outra parte da pesquisa, desta feita realizada em laboratórios bioquímicos ultramodernos, revelou que quanto maior o grau de desespero do indivíduo, promovido pela depressão, desencadeada pela raiva, ansiedade, pessimismo e sensação de solidão, menor será a sua capacidade de reação imunológica, permitindo que as células desordenadas, que existem em todos os organismos mesmo sadios, sem se revelarem em controles imunológicos, passem a dominar a função vital do tecido, impondo-lhe a anormalidade na reprodução das células, o que seria o estabelecimento definitivo do câncer.
Assim sendo, o câncer não é uma doença original, mas sim uma reação parcial a uma série de circunstância que enfraquecem as defesas orgânicas. Isso nos leva a dizer que “o câncer é a tristeza nas células”.
É por essa razão que, se o médico cura o câncer ou qualquer outra doença, sem a consciência de que o tratamento visa a vida do paciente como um todo, no caráter, sentimentos, impressões de si próprio, da vida, do mundo que o cerca, dos conflitos, do perdão, do recomeço, do voltar, enfim, nova doença pode surgir.
Uma vez que todos estamos sujeitas as alterações externas, um tratamento, para ser verdadeiramente eficaz, deve fazer com que o doente se habilite a uma vida descontraída e feliz, apesar das tensões.
O processo nunca se completa, mas é o único benéfico ao organismo humano. Ninguém precisa ser santo para se curar. O esforço de trabalhar pela santidade é que traz resultados.
Por isso aqui em Nosso Lar o lema sempre será a necessidade de sermos felizes. A frase que todos leem na chegada em nossa casa de trabalho, Faça Tudo para ser Feliz, não é uma utopia, mesmo que a crença popular determine que a “felicidade não é deste mundo”, porém o esforço de trabalhar pela felicidade é que nos faz saudáveis, alegres, amorosos, abertos, sem medos, consequentemente muito diferentes de quem está infeliz.
No livro Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach nos lembra com muita beleza o porquê da necessidade de continuarmos em busca: – “Eis aqui uma prova para descobrir se nossa missão na terra está cumprida: – Se continuamos vivos, não está”.
Direção Geral do NENL e do CAPC.