Muitos são os irmãos que buscam em Nosso Lar um alento para seus males e suas incapacidades de compreender a vida e sua espiritualidade.
Temos atendido a todos, procurando sempre elucidar sobre as coisas de Deus e as leis que regem nossa natureza humana.
Certamente não somos nós que resolvemos os seus problemas, mas buscamos, em conjunto, o conforto na oração, na fé, na esperança, na solidariedade e na busca da compreensão do caminho que as dores sempre querem indicar.
A trilha que convoca a doença, é a trilha da reformulação, da purificação e da evolução do ser. As dores do corpo falam do desespero do espírito em sua busca de progredir na direção de Deus.
Esta é a visão dos nossos terapeutas, médicos, enfermeiras e colaboradores.
Motivados por algumas infundadas e destrutivas críticas feitas aos trabalhos de cura realizados nos Centros Espiritas em geral ,
( incluindo as ações terapêuticas executadas em Nosso Lar), gostaríamos de responder , à luz dos textos básicos da codificação escritos por Allan Kardec, para facilitar aos sérios críticos e estudiosos da matéria uma visão ampla e elucidativa sobre o assunto e permitir conclusões inteligentes, modernas, equilibradas e reais, acerca do que o Mestre lionês nos passou através da terceira grande revelação, a codificação do Espiritismo.
Hoje o Espiritismo, como Filosofia, Ciência e Religião, transcende os limites de uma mesa surrada pelos cotovelos daqueles que adormeceram no tempo; ultrapassa as alturas das tribunas cheias de formalidades e verdades incontestáveis, para ganhar cada vez mais espaço entre os pensadores, estudiosos, cientistas e desbravadores de uma nova era: a era da expansão plena da consciência, da liberdade de expressão e de entendimento das verdades trazidas por grandes mestres como Jesus Cristo, Francisco de Assis, Gandhi, Buda, Allan Kardec, Teresa de Calcutá, e muitos outros, cada qual dentro dos limites de evolução permitidos pelo espaço – tempo que habitaram quando entre nós.
O próprio Cristo nos recomendou que tivéssemos Vida e Vida em abundância , isto é, que tivéssemos a coragem de expressar e experimentar as Verdades do Pai em todos os seus matizes , deixando de lado a falsa crença de que só uma verdade é plena, estagnando e negando assim , aos próprios conceitos , a perspectiva de evolução conjunta com o ser humano.
Fugimos das escritas cegas, da orientação gritada contra o pensamento livre, para cairmos exatamente em um segmento doutrinário insípido, criado por pseudos donos da verdade?
O Espiritismo que Kardec preconizou nada tem disso que é dito e pregado nas salas de tortura mental. Se buscamos em tudo culpar os espíritos e suas ligações pelos nossos erros e males, olvidamos a graça maior que recebemos de Deus como homens encarnados : o livre arbítrio que nos leva à condição de superar, por nós mesmos, nossos instintos e tendências coletivas, próprias da evolução das espécies.
Esses pregadores de mente obtusa, condenam toda e qualquer manifestação mediunica ou anímica dos outros ,afirmando tratar-se de esoterismo, umbanda, sincretismo, etc., porém, descaradamente afirmam teorias escandalosas sobre o mundo dos espíritos, tornando muito mais difícil o entendimento do que se passa conosco durante esta experiência humana que experimentamos atualmente na Terra.
Seus contatos com a espiritualidade são sempre de alto nível, somente recebem informes de filósofos, doutores, personagens angelicais com nomes históricos, psicografias exclusivas, recados e informações privilegiadas e geralmente incontestáveis. Publicam nos mais diversos canais de comunicação, falam aos quatro cantos do planeta, zombam da fé alheia, como se todos estivessem à margem do processo que lhes pertence em totalidade.
Não bastasse a falta de caridade no entendimento da simplicidade, incorrem em erros aparatosos, usando a fé pública na arrecadação de recursos financeiros a todo custo, para adquirirem canais de televisão, rádios e jornais e verem crescer cada vez mais os seus brotos de orgulho, através da evidência pessoal perseguida a qualquer preço. Falam de coisas que ninguém entende ou aceita, misturam suas verdades com as do codificador, criando teorias miraculosas sobre a realidade simples e básica da vida. Reeditam a famigerada corrida pelo ibope e atenção irrestrita da mídia, como a bem pouco tempo presenciávamos junto aos noticiários televisivos, da Rede Globo e a Igreja Universal do bispo Edir Macedo.
Ainda , criticam as instituições que acolhem, o canceroso, o aidético, o dependente químico, o abandonado, a mãe solteira, como se estas atividades fossem uma simples obrigação dos “involuidos”, “Esotéricos”, “místicos”, etc.
Com este artigo, tentamos somente resgatar o respeito aos líderes sérios, dirigentes e anônimos colaboradores , que dedicam toda a sua vida à caridade e ao amor, auxiliando os caídos, os doentes, os necessitados. Pode ser dito como uma convocação para que olhemos por um instante o espelho da grande realidade a fim de reconhecer o que é mais urgente no próximo e especialmente em nós : A Reforma. Esta que não necessita ser pregada e sim urge ser vivida.
Estamos dizendo muito e agindo pouco.
Criticando demais e esquecendo de fazer melhor ou igual.
Estamos na verdade, dispersando o povo de Deus.
O exercício constante da crítica descabida e inoportuna, inibe a continuidade dos cuidados básicos de elevação, da superação e conseqüente cura do corpo dos enfermos, através da reformulação do caráter e dos cuidados médicos condizentes, pois cada ser humano, por mais fervoroso que possa ser, mantém características ainda sem total domínio.
Da mesma maneira que a alegria em servir sempre, a estima pessoal e também a auto realização “A caridade não deve ser um exercício de tortura”, diz Kardec.
Melhor seria se pudéssemos concentrar os esforços de compreensão e da superação impostas pelas perseguições, no acolhimento e tratamento dos pacientes desafortunados que nos procuram em borbotões.

Fica o convite : venha conhecer as lides diárias em Nosso Lar, em Forquilhinhas ou no Centro de Apoio ao Paciente com Câncer, no Ribeirão da Ilha em Florianópolis, bem como em asilos e creches da região; quem sabe, pode-se descobrir aí a mediunidade tão bem descrita por Kardec, instituída pelo Mestre Jesus: – ” Fazer ao outro o que gostaríamos que a nós fosse feito”.

No ícone Religião dessa página, textos da codificação sobre “A Cura”, os “Milagres do Cristo” e “As Possibilidades da Mediunidade de Cura”.

José Álvaro Farias – Presidente Núcleo Espirita Nosso Lar e do Centro de Apoio ao Paciente com Câncer.