Que a Luz e a Paz transmitidas pela Espiritualidade Maior estejam presentes em teu espírito, meu dileto irmão, para que juntos possamos estudar as causas que nos levam ao sofrimento e o caminho que nos leva a felicidade.
Como já abordamos anteriormente, o caminho que leva o homem a sabedoria é o autoconhecimento. No entanto, hoje te afirmo que é preciso mais que o conhecimento de si próprio, pois, mesmo tendo conhecimento podemos ter desejos conflitantes. Exemplificando, podemos ter conhecimento que o ato de servir nos é gratificante, pois, nasce do amor real. Contudo, muitas vezes nossa criança interior, cujas feridas infantis ainda não estão totalmente curadas, reclama receber amor, carinho e atenção, revoltando-se com os cuidados constantes que tem que dispensar aos familiares, sem que tenha qualquer retorno.
Assim, concluímos que precisamos ter o controle de nossas emoções para que possamos continuar nossa jornada em direção à Deus e a felicidade. Não desconhecemos, porém, que o controle das emoções é uma tarefa árdua para ser exercida, mesmo porque para controlá-las precisamos ter pleno conhecimento delas. As emoções negativas não servem a nenhum propósito sendo totalmente inúteis. Não nos trazem energia, muito ao contrário, consomem-na. Tais emoções podem, inclusive, destruir nossa saúde física.
Não nascemos com emoções negativas, salvo aquelas que fazem parte de nossa essência. Assim, elas nos são implantadas na infância ao observarmos crianças mais velhas que nós e essas ao observarem a atitudes dos adultos. Certas pessoas tornam-se professoras de emoções negativas.
É importante frisar que as emoções negativas fazem parte de nosso mundo conturbado e que o anormal se dá quando o homem se identifica com elas. Certas pessoas, por exemplo, têm orgulho de sua irritabilidade, achando bonito ser duras, dar socos na mesa, dizer grosserias e palavrões. São pessoas exibicionistas que extraem prazeres das emoções negativas.
Na realidade, nesse estado de consciência, sem conhecimento de si próprio e repleto de emoções negativas, o homem encontra-se na prisão. Enquanto não perceber que está preso não desejará fugir. No entanto, quando se trata de um ser sensível, mais cedo ou mais tarde despertará de seu sono, dando-se conta que está aprisionado e desejará fugir.
Jesus em sua passagem em nosso planeta Terra nos deixou mensagens cheias de receitas de emoções positivas fruto do amor que aqui veio pregar. Ele ensinou que a benignidade existe dentro de nós porque fomos criados por quem é benigno. Assim, nossas emoções negativas demonstram que não estamos agindo de forma benigna, ou seja, estamos agindo de forma diferente da que Deus nos criou.
Nós possuímos duas emoções principais das quais todas as demais derivam. Uma delas, nos criamos em nós próprios – o medo – o qual da nascimento à todas as nossas emoções negativas e portanto, não benignas. A outra emoção, o amor, não criamos porque nos foi dada por Aquele que é Benigno.
O que realmente é ser benigno? Deves estar te perguntando. Benigno, meu bom irmão, é aquele que é brando, generoso, afável, complacente, indulgente, bondoso, enfim, aquele que possui a bondade.
O Evangelho é a prova concreta de que aqueles que seguem o ensinamento de Jesus terão atitudes benignas com seu próximo e consigo mesmo. Porém, se deixarmos que nosso ego nos guie, isso significará que a culpa e o medo usurparam o lugar do amor, expulsando de dentro de nós a benignidade. Então, seremos cheios de orgulho, de raiva, de inveja, ciúme e muitas outras emoções negativas.
Estamos neste mundo como professores de Deus, pois, cada um de nós faz parte do corpo docente da escola da vida. Professor de Deus é qualquer pessoa diante de alguém que está doente, transtornado ou sobrecarregado com problemas.
O professor de Deus ensina pela presença do Mestre dentro dele mesmo. O que o professor de Deus ensina só será aprendido se for ensinado com amor, caso contrário, nada estará ensinando e sim magoando com o julgamento. Bem por isso, ele deve elaborar seu plano de aula antes de ensinar verbalmente, para que tenha a certeza que é o Grande Professor que está ensinando através dele. Assim, todos ensinam o tempo todo nesta vida. Resta descobrir se estamos ensinando através de nosso ego ou a partir da cartilha de Deus.
Somos professores de Deus quando somos benignos e ensinamos o amor, pois, nossa essência é só amor. Deixamos de ser professores de Deus quando cultuamos o ego e perdemos nossa benignidade ao deixar que nossas emoções se tornem negativas. O interessante da escola da vida é que ao mesmo tempo em que somos professores também somos alunos, dependendo da circunstância em que nos encontramos e do grau de benignidade em nosso “centro motor”. Nossas lições são dádivas amorosas e essas é que deverão ser doadas aos nossos irmãos. Eles só aprenderão através de nossas palavras e gestos amorosos e jamais através da crítica e julgamento impiedoso, eis que esses são fruto daquilo que se chama maligno, que faz mal.
Peça ajuda ao Supremo Reitor para que possas ser um professor do amor. Não precisas nada falar ao teu irmão, mas, tão somente vê-lo através dos olhos da verdade. Muitas vezes o silêncio amoroso é a melhor lição que precisamos dar e também receber. Peça a Deus ajuda para que sejas benigno e que possas distinguir a benignidade, da falta dela. Passarás de ano nesta escola da vida quando aprenderes a dominar tuas emoções negativas transformando-as em emoções positivas através do método de ensino que a Benignidade dispõe.
Com amor,
Irmão Savas