Meu bom irmão,
Preciso falar contigo sobre a paz. É quase que desnecessário falar que o desejo de ter paz é tão velho quanto o mundo. Isso para não dizer que tal desejo transcende a vida terrena, pois, vai além dela. Todos querem a paz, no entanto, desejamos algo que não sabemos direito o que seja. A paz é uma força, uma purificação que dá tranquilidade, nos cura interiormente e exteriormente. Para ter paz é preciso aprender tudo sobre a disciplina que possibilita o desenvolvimento da consciência. É necessário tomar as rédeas nas mãos para disciplinar e controlar conscientemente o Ser Inferior que reside em cada um de nós, inquilino esse que só nos causa infelicidade. Só teremos paz quando aprendermos a controlar nossas emoções e sentimentos inferiores que nos jogam de lá para cá, que delineiam os altos e baixos dos difíceis e tortuosos caminhos que nós mesmos escolhemos para nossas vidas.
Passamos nossa vida praticando o que nos foi ensinado desde o nascimento. É a partir do nascimento que tem início o esquecimento da nossa voz interior que tudo nos ensina. Deixamos de escutar nossa voz interior. Passamos a nos rejeitar, a nos sentir culpados e a cultivar o veneno emocional que em outras palavras é a infelicidade. Precisando extravasar isso despejamos através de nossas atitudes e de nossa fala aquilo que estamos “cozinhando” interiormente. E como não poderia deixar de ser, tornamo-nos infelizes e doentes.
O forte e contínuo desejo de viver em paz e ser feliz é o início de nosso retorno para casa, para nossa morada interior. Tal continuidade, entretanto, além de muita disciplina necessita de uma dose diária de alegria que é um purificador da alma e do corpo. Quando damos início à nossa faxina interior nossa alma passa a irradiar alegria. A alegria pode ser comparada a um fogo solar que queima as energias negativas que tentam chegar até nós. Para manter o estado de alegria precisamos de disciplina, aliás, como tudo na vida. Mantendo-nos alegres impedimos os ataques dos dardos venenosos das forças densas que podemos denominar como a raiva, a mágoa, o ciúme, a autopiedade, enfim, de energias negativas que impedem nossa evolução espiritual. Temos, pois, que zelar pelo brilho de nossa aura.
Como temos conhecimento, nossa aura é construída através de nossa vivência espiritual e pelo modo que expressamos as virtudes da alma, das ideias divinas, bem como de tudo que é belo e repousante em nossa vida diária. Uma aura radiante, com luz e cores puras é como um soldado que empunha um escudo que impede a entrada em nosso corpo de sentimentos e atitudes provenientes das frequências mais baixas. Com disciplina irradiaremos alegria, serenidade e paz.
Para ter paz, meu Irmão, é necessário que primeiro se aprenda a ser humilde. Para sermos humildes necessitamos conquistar o poder e a sabedoria de não contra-atacar o agressor, mas, compreender que ele ainda desconhece o prazer de ter eliminado de seu interior o ego exacerbado.
Nossa consciência é formada com o conhecimento da lei de Deus, alimentada com a prática das virtudes, com a prece, com nossas petições de conselhos espirituais e na disciplina mental para que sejamos sempre otimistas, alegres e puros de coração. Só assim, meu irmão, tua aura poderá ser chamada de “AURA DA PAZ”.
Com amor,
Irmão Savas
(Mentor do Núcleo Espírita Nosso Lar)